PARA OS PAIS
Pais, a Biblia diz:
A CADA IDADE, UMA RESPONSABILIODADE (DOS PAIS)
Bater nos outros
1 ANO
* Situação: Quando contrariadas, as crianças batem nos pais ou mordem os coleguinhas.
* Correção: Essa é uma atitude instintiva, nem sempre quer dizer falta de limites. Toda vez que isto acontecer, desde bebês, repreenda com negativas e voz firme, acima do tom natural.
Dormir com os pais
2 ANOS
* Situação: Os filhos usam pretextos para dormir na cama dos pais ou a companhia de um deles na própria cama.
* Correção: O certo é que os pais habituem a criança a dormir no próprio quarto desde cedo. Se isso não foi feito quando o filho era bebê, aos poucos, devem condicioná-lo. Vale ler histórias ou colocar músicas até o filho dormir e, de forma gradativa, deixá-lo sozinho.
Outra forma é criar um ritual para dormir – tomar banho, escovar os dentes – pois, com a repetição do hábito, a ação pode funcionar como mecanismo para ativar o sono no cérebro.
Fase do “eu quero”
3 ANOS (ápice por volta dos 5 anos)
*Situação: As crianças fazem chantagem e escândalos para conseguir algo – como um brinquedo. Muitos pais ficam envergonhados e cedem.
*Correção: A criança tem que entender um “não”. Abaixe-se ao nível dela e diga com firmeza: “O que você está fazendo é errado, e a mamãe (ou o papai) não vai aceitar esse comportamento.”
Nunca ceda ao capricho, senão as crianças vão acreditar que sempre conseguirão tudo se espernearem. Se continuar com choro e grito, retire a criança do ambiente até ela se acalmar.
Xingar os pais ou ameaçar fugir de casa
A PARTIR DOS 4 ANOS
*Situação: Algumas vezes, ao contrariar os filhos, os pais ouvem frases como: “Você é a (o) pior mãe (pai) do mundo”, ou “Vou fugir de casa.”
*Correção:A reação é momentânea. Explique à criança que ela pode não gostar de você, mas terá que conviver com você até ser adulta. Diga que a ama. Se surgirem palavrões, repreenda e afirme que ela precisa respeitar os pais.
Pegar objetos dos outros
ENTRE 5 E 8 ANOS
*Situação: A criança quer tanto uma coisa que pega escondido.
*Correção: Os pais não podem ser coniventes com essa postura e devem explicar a gravidade do que fez, obrigá-la a devolver e pedir desculpas ao amiguinho, ao gerente da loja ou jornaleiro. Nos casos em que o objeto foi consumido ou estragado, os pais devem estabelecer uma obrigação para que ela repare o dano. Vale ajudar o jornaleiro ou descontar da mesada.
A fase do Cascão
ENTRE 9 E 11 ANOS
*Situação: A criança acha que rotinas de higiene são desnecessárias.
*Correção: Fase natural. Os pais não devem deixar que os filhos façam só o que querem e devem obrigá-los a se limpar.
Ter atitudes preconceituosas
Manifesta-se de forma mais agressiva na pré-adolescência (entre 9 e 12 anos), quando meninas e meninos querem pertencer a um grupo.
*Situação: Agir com preconceitos frente ao diferente – seja o colega mais alto ou mais baixo, um portador de necessidades especiais ou um idoso. Xingar, apontar o dedo, colocar apelidos ou tratar com indiferença ou superioridade.
*Correção: É obrigação dos pais transmitir valores positivos, sobretudo o respeito ao próximo. Têm que chamar a atenção do filho e obrigá-lo a pedir desculpas. É preciso reparar o mal que foi feito. Uma alternativa é visitar um asilo para idosos, um orfanato ou um hospital. Mas o exemplo deve vir de casa.
Viciado em Internet
A PARTIR DOS 8 OU 9 ANOS
*Situação: A criança passa horas em frente ao computado, deixa os estudos e outras atividades de lado.
*Correção: Os pais precisam estabelecer horários e fiscalizar o cumprimento desse acordo. A criança não deve passar mais de duas horas por dia navegando.
Chegar em casa com sinais de que ingeriu álcool
A PARTIR DOS 13 ANOS
*Situação: O adolescente tem uma postura natural de experimentar. Muitos, após festas, chegam em casa com sinais de bebedeira e, em casos mais sérios, de que consumiu outras drogas.
*Correção: Conversas sobre álcool, drogas e sexo devem começar cedo. Mas é na adolescência que os pais devem estreitar o diálogo. Se repararem sinais de consumo de álcool, precisam explicar que cada ação tem hora para ocorrer. Dependendo, vale proibir de sair ou cortar mesada. Em casos extremos, vasculhar as coisas dos filhos é válido. “Os pais têm que entender que o poder da vida dos filhos está nas mãos deles, mesmo que os filhos não vejam isso”, diz a psicóloga Jerusa Goretti da Silva.
(Publicado em DonnaZH, dia 22 de julho de 2007. Fonte: Jerusa Goretti da Silva, psicóloga especialista em crianças e adolescentes.)